Treze dias de viagem, mais de 3.000 quilômetros rodados, 6 estados chilenos (regiones) percorridos e 2 gatos a “tiracolo”. Assim foi a nossa road trip até Pucón, com diversas paradas para conhecer pontos interessantes pelo caminho. E foram muitos!
Se tem vontade de explorar o Chile, esse pedaço ao sul do país é uma excelente escolha.
A estrada Panamericana, ou Ruta 5, como é mais conhecida por aqui, foi nossa grande aliada na viagem. O país, geograficamente, é uma faixa estreita de terra, e a Ruta 5 a percorre de norte a sul.
Fizemos o trajeto durante a primavera, no início de novembro. Nessa época, o sul do país ainda é frio e a temperatura variou entre os 10 e 15 graus nas cidades. Nos passeios mais próximos à cordilheira era entre 6 e 10 graus.
Conheça o roteiro!

Dia 1 – Talca
Saímos de Santiago, na região Metropolitana, atravessamos a região O’Higgins e, após 3h30 de viagem paramos em Talca, capital de Maule. Nos planejamos para fazer uma viagem sem extensas horas na estrada.
Há dois passeios interessantes próximos a Talca.
O Parque Radal Siete Tazas, já havíamos visitado em outra ocasião. Tem bastante natureza ao redor de um rio completamente transparente e que forma sete piscinas (as sete “tazas” ou xícaras) em um trecho de seu curso.

Tem post completo sobre esse parque no link Parque Radal Siete Tazas.
Outro lugar que me parece interessante é a Cascata Invertida, uma queda d’água que, por força do vento faz o movimento contrário. Quero conhecer! Mas, infelizmente ouvi sobre ela somente após nossa viagem, então, acabou não entrando nesse roteiro.
Sobre Talca
O centro da cidade é pequeno e tem uma praça bem gostosa, como as de cidade interiorana, claro, com uma igrejinha ao lado.

Como nosso plano era dormir apenas uma noite em Talca, para seguir viagem no dia seguinte, aproveitamos a tarde que chegamos para dar uma volta pelo centro e depois fomos conhecer o Hotel Casino Talca.

Nossa acomodação, reservada pelo Airbnb (leia sobre o Airbnb ao final desse post), ficava duas quadras distante dali. O cassino é bem moderno e foi divertido curtir uma horinha por lá.

Dias 2 e 3 – Nevados de Chillán
Reservamos dois dias para ficar em Chillán, capital da região de Ñuble.
De Talca, até a cidade de Chillán, não dá nem duas horas de viagem, mas o mais legal dessa região, não é a cidade em si.
Seguindo por mais cerca de 1h20 rumo às montanhas, está um dos mais importantes centros de esqui da América do Sul, além do complexo vulcânico Nevados de Chillán. Nas regiões próximas, como Las Trancas, há diversas opções de hospedagem em cabanas.

Sabíamos que em novembro a estação de esqui estava fechada, mas não resistimos à tentação de nos hospedar em uma cabana. É romântico e aconchegante. Divertido também para crianças.

Relaxamos em águas termais, tomamos bons vinhos, fizemos churrasco na varanda, fizemos trekking, e teríamos tido atividade para mais dias se ficássemos lá, mesmo fora da temporada. A alta estação em Chillán é no inverno, entre junho e agosto.

Veja as dicas do que fazer em Nevados de Chillán e Las Trancas no post Chillán: do zero aos quarenta graus.
Dias 4 a 6 – Temuco e parques nacionais
De Las Trancas – Chillán até Temuco, levamos cerca de 4 horas. Passamos, sem parar, pela região Bío Bío, onde fica a terceira maior cidade do Chile, Concepción.

Temuco é a capital da região de Araucanía. Uma cidade relativamente grande, que dá acesso a grandes mercados, shoppings e restaurantes.

Os passeios que fizemos em Araucanía (que é lindíssima, diga-se de passagem), ficavam mais de duas horas distantes da cidade. Nem tanto por distância, mas por acesso. Essa região tem muita natureza para explorar.
Agora, conhecendo melhor o lugar e sabendo que nosso objetivo era curtir mais as reservas naturais do que a cidade, teria escolhido outro local para hospedagem, como Curacautín, por exemplo, que é a cidade mais próxima dos acessos aos diversos parques nacionais.
Além disso, fica perto de termas que abrem a noite, e que acabamos não conhecendo para evitar o deslocamento pela estrada nesse horário. Mas, Curacautín é uma cidadezinha beeem pequena. Considere o seu perfil de viajante antes de optar.
Parque Nacional Conguillío
No primeiro dia em Araucanía, fomos conhecer o Parque Nacional Conguillío.

Eu estava super ansiosa para ir a esse parque. É maravilhoso! Mas nem tivemos tempo de explorar todos os setores, pois é bem grande.

Tem post contando como foi nosso dia por lá. Veja aqui em A natureza imperdível do Parque Nacional Conguillío.
Parque Nacional Tolhuaca
No segundo dia, novamente nos deslocamos até os lados de Curacautín, dessa vez para visitar o Parque Tolhuaca. É um parque bem menor que o Conguillío, mas também tem seus atrativos.

No post Parque Nacional Tolhuaca tem mais informações desse passeio.
No dia seguinte apenas arrumamos nossas coisas e colocamos o pé na estrada rumo à Pucón.
Dias 7 a 11 – Pucón e arredores
Pucón está a apenas 1h40 de Temuco (e a 800 km de Santiago). E, definitivamente, é um lugar para chegar e ficar!

O entorno e a cidadezinha são incríveis, com uma vista mais impressionante que a outra, tendo o vulcão e lago Villarrica como protagonistas. Nós acabamos ficando ali mais do que o planejado de tanto que gostamos.

Durante os cinco dias em Pucón visitamos o Parque Nacional Villarrica e o Huerquehue, descobrimos os Ojos de Caburga, exploramos uma caverna vulcânica, batemos perna na cidade vizinha, curtimos muito a hospedagem maravilhosa em que ficamos, à beira do lago Villarrica.


Fizemos também um bate e volta até Valdívia, capital cervejeira do Chile e capital da região de Los Ríos.

Foram dias intensos e muito divertidos. Vale a pena ver as dicas completas dos passeios próximos a Pucón nos posts indicados abaixo.
O roteiro completo dos dias em Pucón – O que fazer em Pucón e arredores?
O dia no Parque Nacional Huerquehue – Os lagos e lagoas de Huerquehue
O bate e volta até Valdivia – A capital cervejeira do Chile
Dias 12 e 13 – retorno a Santiago
Se tivéssemos mais 3 ou 4 dias teríamos descido mais um pouco até Osorno, mas ficou para uma próxima viagem.
Rodamos os 800 km de volta a Santiago em duas partes, parando apenas para pernoitar na cidade de Chillán (dessa vez na cidade mesmo, próximo à Ruta 5). Foram dois trechos de estrada de mais ou menos 4h30 cada, sempre pela rodovia 5, sentido norte.
Aluguel de carro
Se optar por ir de automóvel (que recomendo para uma viagem desse tipo), pelo site Rentalcars é possível realizar a cotação, comparando o preço das diversas locadoras que atendem localmente.
As hospedagens
Para essa viagem escolhemos nos hospedar em propriedades reservadas pelo Airbnb. Com exceção da cabana, que reservamos pelo site Booking.com.
Usando esse tipo de hospedagem pudemos fazer a maior parte das refeições em casa. Essa é uma forma de equilibrar os gastos em uma viagem, ou seja, dá para investir um pouco mais em acomodação e, por outro lado, economizar em gastos de alimentação.
Além disso, estávamos viajando com nossos peludos, e o Airbnb tem diversas opções de hospedagem que aceitam animais de estimação.
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Sobre o Airbnb: é um site para reserva de hospedagem em casas ou apartamentos. Há a possibilidade de alugar a propriedade toda para você ou apenas um quarto. As tratativas são diretamente com o proprietário, porém intermediadas pelo site, para garantir a segurança de ambas as partes.
Cupom de desconto Airbnb
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Ótimo texto e com informações bastante completas. Estou organizando meu roteiro com base em seu relato. Está sendo de grande valia. Obrigado!
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Parabéns pelo texto que contempla todas as informações básicas para um turista que está decidindo por seu roteiro de viagem.
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