O Chile tem 39 parques nacionais espalhados pelo país (e podem acreditar, eles não decepcionam!).
O Parque Nacional Conguillío foi um dos mais impressionantes que visitamos. Há belezas naturais diversas e até pouco usuais, como o vulcão Llaima e seu campo de lava, que ficam bem ao centro da imensa área praticamente intocada pelo ser humano. Seus lagos, lagoas, vales e bosques milenários de araucárias, tornam a visita ao parque imperdível. Para fãs de esqui, tem ainda uma estação em um de seus setores.
As trilhas do Parque Conguillío
Em toda área, há doze trilhas para trekking. As mais curtas têm 800 metros (Las Vertientes, Las Araucárias e Truful-truful) e a mais longa (Chile Tramo Los Escoriales) tem 17,8 km, que podem ser percorridos em 6 horas passando por paisagens modeladas pela lava do vulcão Llaima.
Decidimos não fazer as trilhas, para termos tempo de chegar até o lago Conguillío, aproveitando que as vias para automóvel estavam transitáveis.
Pontos de interesse no Parque Conguillío
Entramos pelo setor Paraguas e como é próximo do centro de esqui Las Araucarias, o segundo mais importante da região de Araucanía, fomos dar uma olhada.
As pistas obviamente não estavam operando, mas deu até para tirar foto com um restinho de neve!

Seguimos em frente dando a volta no vulcão Llaima, parando várias vezes para fotos… é muito lindo.


Foram cerca de 40 km até o campo de lava formado durante a erupção de 1957. De longe, parece uma área de terra revirada, mas de perto é como um tapete de rochas afiadas.

Seu belíssimo responsável fica ao fundo, com 3.125 metros de altura, tornando única a paisagem.
O Chile tem 90 vulcões ativos e o Llaima está no topo da lista! Que emoção ficar frente a frente com esse nervosinho.
Dali fomos até a lagoa Captren, onde é interessante ver restos de vegetação e árvores inundadas em suas águas esverdeadas.

Lago Conguillío
Alguns quilômetros adiante chegamos ao multicolorido lago Conguillío. É maravilhoso!
O acesso após a portaria da lagoa estava complicado e passamos com alguma dificuldade em carro 4×4. Os carros menores estavam retornando a partir de um certo ponto, pois tinha lama na via e alguns desníveis que dificultavam a passagem.

Na área do lago tem estrutura com banheiros e vestiários. Tem uma cafeteria também, mas estava fechada.
As cores da paisagem e a transparência da água são impressionantes. Apesar do frio, tinha gente aproveitando para mergulhar no lago. Eu fiquei apenas nas fotos.


Depois de muitos clicks, para não esquecer aquela paisagem, iniciamos nosso caminho de volta.
Como chegar ao Parque Conguillío
O Conguillío fica na região de Araucanía, quase 700 quilômetros ao sul de Santiago. Fomos de carro e nos hospedamos em Temuco, capital da região. O trecho aéreo de Santiago até Temuco leva apenas 1h20.
Saindo de Temuco para o parque, há três acessos possíveis e suas condições dependem do clima (da neve, mais especificamente).

Veja o que fica perto de cada entrada.
Por Victoria – Curacautín: esse foi o acesso que usamos para entrar no parque. É o mais próximo do centro de esqui Las Araucárias e transitável durante todo o ano até a portaria Paraguas, caso não haja um acúmulo grande de neve. O restante do percurso só é transitável de carro entre novembro e março.

Via Lautaro – Curacautín: foi o acesso que usamos para sair do parque. Fica 128 km distante de Temuco. É acessível o ano todo até a entrada principal, que é mais próxima do campo de lava, da lagoa Captren e do lago Conguillío.
Via Temuco – Cunco – Melipeuco: fica mais próximo de Temuco, são 117 km. Acessível o ano todo até a portaria Truful-truful. É o melhor acesso para quem quer ver a lagoa arco-íris, rodeada por paredes de lava, e também o rio e a queda d’água Truful-truful.
Qualquer que seja o acesso utilizado, ao entrar no parque será possível ter vistas incríveis do vulcão Llaima.
A tarifa para entrada de adultos estrangeiros é 6.000 pesos (cerca de 35 reais).

A charmosa Curacautín
Saímos do parque pela entrada principal, que leva a Temuco passando por Curacautín. A cidade é um bom local para hospedagem de quem quer paz e tranquilidade, além de ficar mais próximo de excelentes pontos turísticos naturais.
São 40 minutos até o parque Conguillío, 1h10 até o parque Tolhuaca (veja o post Parque Nacional Tolhuaca) e 1h20 ao vulcão Lonquimay na reserva Malalcahuello.
A região também tem termas abertas ao turismo, com passeios partindo do centro. Fiquei com muita vontade de conhecer as termas de Canon del Blanco, que têm piscinas noturnas. Se estivessemos hospedados na cidade teríamos ido.
Curacautín é bem pequena, rural, com uma praça cheia de flores e árvores, onde fica também uma feirinha de artesanatos.

Dados do Parque Nacional Conguillío
Criação: 1950
Administração: CONAF (Corporación Nacional Forestal)
Localização: províncias de Cautín e Malleco
Extensão: 60.800 ha
Clima: temperado com alta variação de temperatura e chuva de 2.000mm a 2.500mm ao ano
Neve: acumula até 1 metro durante o inverno
Temperatura média no verão: 15oC
Temperatura média no inverno: 6oC
Serviços (alguns funcionam apenas entre novembro e abril): camping, refúgios, cabanas, áreas de picnic, cafeterias, centro de esqui
A administração e o centro de informações ficam abertos entre os meses de novembro e abril.
Fonte dos dados: CONAF
Esse parque é maravilhoso!
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Paisagens espetaculares!!!! O Chile é lindo !!!
Você está uma grande fotógrafa: as águas refletindo o céu, o vulcão e a vegetação dão uma sensação de muita paz.
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