O famoso poeta Pablo Neruda enche o Chile de orgulho. Sua trajetória está marcada na história do país.
Ganhador de Prêmio Nobel de Literatura, influente, envolvido em causas políticas nacionais, apaixonado pelo mar, três vezes casado. A lista de fatos revelados em sua biografia é longa, curiosa e nos instiga a querer saber: o que mais tem ali? Mesmo a causa de sua morte, ocorrida em 1973, é, até hoje, motivo de polêmica.
A vida de Neruda, ou parte dela, é exposta em detalhes divertidos a quem visita suas antigas residências.

As três propriedades funcionam, atualmente, como casas museu. Estão abertas ao público e têm uma infinidade de objetos e coleções pessoais do poeta.
As visitas funcionam com audioguia e podem ser feitas em diversos idiomas, incluindo o português.
Casa museu Isla Negra
Essa é a casa em que o poeta viveu seus últimos dias e onde foi sepultado, ao lado de sua esposa.

Está em El Quisco, a cerca de 120 km de Santiago. Sua arquitetura é encantadora, além de valorizar a vista lindíssima que tem para o Oceano Pacífico.

É muito cheia de objetos, boa parte deles relacionados ao mar. Mas também há roupas, presentes, móveis, até mesmo uma coleção de insetos. E, claro, muita história de vida. Não há fotos, pois é proibido filmar ou fotografar lá dentro.
Difícil dizer do que mais gostei ali. Arrisco dizer que foi a proximidade com o oceano e uma belíssima coleção de conchas.

No local funciona também o restaurante Rincón del Poeta. Estava fechado quando visitamos.
Fiz esse passeio mais de uma vez com agências parceiras, combinado com uma parada em vinícola. É um roteiro bem interessante, que vale a pena conhecer!
Caso esteja com carro, a visita também pode ser feita por conta própria, mas a paradinha na vinícola terá de ser sem degustação.
Casa museu La Sebastiana
A casa fica em Valparaíso e, em sintonia com a paixão de Neruda pelo mar, sua fachada buscou reproduzir o formato de um navio.

Assim como na Isla Negra, também é possível avistar o Pacífico, porém ao longe, atrás de um pedaço daquele cenário caótico, bem típico de Valparaíso. Era ali que o poeta gostava de passar as festas de virada de ano, já que tem uma vista privilegiada da tradicional queima de fogos do porto.

Conheci essa casa museu, de vários andares, apenas por fora, durante o passeio do roteiro de Valparaíso e Viña del Mar, também com agências parceiras.
É possível visitar o local por conta própria. Há ônibus rodoviários que partem de Santiago e vão até Valparaíso. De carro são cerca de 120 km. Apenas ressalto que a região merece uma atenção dobrada em relação a furtos de objetos deixados dentro do automóvel.
Casa museu La Chascona
Fica no bairro Bellavista, em meio à cidade de Santiago. É a casa de mais fácil acesso para visitação.
Foi nela que o poeta teve seus momentos secretos ao lado de Matilde Urrutia, enquanto ainda estava casado com a segunda esposa, Delia del Carril. Posteriormente, Matilde se tornou a terceira e última esposa. Aliás, Chascona significa descabelada. É um apelido carinhoso que Neruda deu à Matilde, e que batizou a residência.

Essa casa museu, cheia de jardins, está montada praticamente da forma como era enquanto viveram ali. Tem móveis originais, muitos objetos pessoais de Matilde, medalhas de Neruda e quadros importantes. Pelo audioguia, entre outras coisas, é contada a história do casal e do saqueamento que sofreu a residência, após o golpe militar.
Tarifa e funcionamento
A tarifa e os horários de funcionamento são os mesmos nos três museus.
Entrada adulto custa 7.000 pesos (cerca de 40 reais).
Abertos de terça a domingo das 10h às 18h.
Outras informações: http://www.fundacionneruda.org/