O principal atrativo do Parque Nacional La Campana fica por conta das centenárias Palmas Chilenas (Jubaea chilensis) que habitam a região. Estima-se que existam apenas 124 mil árvores dessa espécie em todo o mundo e metade delas está ali. Por isso, o parque é considerado uma área de preservação de alto valor ecológico e de fragilidade ambiental.

A seiva dessa árvore, nativa do Chile, é utilizada para produção do mel de palma (syrup). Hoje, a extração é feita a partir de uma poda que preserva a palma. No entanto, até 2008, para obtenção da seiva, cortava-se a planta pela raiz (que triste!).
Esse cenário, somado à coleta indevida dos “coquitos de palma” (sua semente) e outros fatores como incêndios florestais, explicam a escassez da Palma Chilena.
Acesso ao parque La Campana
Para chegar a partir de Santiago são cerca de 100 km ao norte. O acesso ao parque está muito bem sinalizado e é asfaltado. Apenas nos últimos dois quilômetros a estrada é de terra, mas em boas condições.

Chegamos pelo setor Palmas de Ocoa, passando por Hijuelas, mas o parque tem outras entradas. É preciso confirmar antes os acessos abertos em http://www.conaf.cl/parques/parque-nacional-la-campana/. Fomos em dezembro e o setor Granizo estava fechado para melhorias (de 13 de outubro a 24 de dezembro 18).
Próximo à portaria há estrutura com banheiros e espaço para picnic.
Tarifas e horários do parque La Campana
Um adulto estrangeiro paga 4 mil pesos para entrar no parque. São cerca de 23 reais.

As trilhas do La Campana
O setor Palmas de Ocoa tem duas principais trilhas. Uma leva até o Palmar Amasijo e a outra até uma cachoeira de 30 metros.

Ambas iniciam no mesmo ponto. São apenas 800 metros até o mirante Amasijo, com vista para o palmar.

Nessa parte da caminhada passamos por diversas palmas e paisagens bem interessantes misturando árvores e cactos enormes.

É uma flora diferente do que já tínhamos visto em outros parques nacionais do Chile, onde a vegetação costuma ser mais densa e em meio a rios ou lagos.
Veja o post sobre o Parque Radal Siete Tazas, que fica poucas horas distante de Santiago.
Depois de mais um quilômetro de caminhada, as trilhas seguem em direções diferentes.
Escolhemos ir em direção à cachoeira. Eram mais 4 km (e fracassamos…).

A trilha não é bem uma trilha. É uma estradinha de terra, bem exposta ao sol e em aclive. O calor estava tão intenso, que não conseguimos ir até a cachoeira, que aliás, nessa época do ano, devia estar com baixo volume de água.

Dica importante:
Na época de verão, vá preparado para bastante calor. É um parque de clima bem seco e quente. Nós não levamos boné, fomos de calça, não levamos água suficiente e saímos tarde de casa, ou seja, o sol estava a pino! Se estivéssemos melhor preparados teríamos conseguido ir até a cachoeira.
E o nível de radiação do sol daquele dia era extremo (placa informativa da administração do parque)! Lembre de levar protetor solar.

Voltamos sem conhecer a queda d’água, mas honestamente, me senti muito satisfeita com a parte do passeio que fizemos, pois deu para ver, tirar foto e chegar muito perto das Palmas. São árvores imensas, lindíssimas, mas que, infelizmente, estão em situação de fragilidade.

Curiosidades sobre as Palmas Chilenas
– Por sua composição vascular é considerada uma erva gigante.
– Pode alcançar entre 25 e 30 metros de altura.
– Seu diâmetro basal pode chegar a mais de 1,2 metro.
– Pode viver por mais de 500 anos.
Fonte: CONAF
Leia mais sobre os Parques Nacionais chilenos.
Lindas!!! Elas se destacam muito na paisagem.
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